A Importância da Notificação Prévia na Busca e Apreensão: Seu Direito de Defesa

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A Importância da Notificação Prévia na Busca e Apreensão: Seu Direito de Defesa

 

A notificação prévia: seu primeiro passo para se defender

Quando você financia um veículo, está concordando com uma garantia chamada alienação fiduciária. Isso significa que, em caso de inadimplência, o banco pode pedir a busca e apreensão do seu carro. Mas para que essa ação seja válida, é preciso que você seja devidamente notificado. E é aí que a importância da notificação prévia se revela.

 

O que é a notificação prévia?

A notificação prévia é um documento formal que informa ao devedor sobre a dívida em aberto e sobre a possibilidade de ter seu bem apreendido. É como uma carta avisando que, se a dívida não for paga, o banco tomará medidas legais.

 

Por que a notificação prévia é tão importante?

  • Garantia do contraditório e da ampla defesa: Ao ser notificado, você tem o direito de apresentar sua defesa e contestar a ação do banco.
  • Validade do processo: Se a notificação for feita de forma irregular ou se você não tiver sido notificado, o processo de busca e apreensão pode ser anulado.
  • Prevenção de surpresas: A notificação te dá a oportunidade de se preparar para a ação judicial e buscar uma solução para a dívida.

 

O que acontece se a notificação for feita de forma irregular?

Se a notificação não for feita de forma correta, você pode entrar com um recurso para anular o processo de busca e apreensão. Algumas irregularidades comuns são:

  • Endereço incorreto: Se o endereço informado na notificação não for o seu endereço atual, você pode alegar que não teve conhecimento da ação.
  • Prazo para contestação insuficiente: A lei estabelece um prazo mínimo para que você apresente sua defesa. Se esse prazo for muito curto, a notificação pode ser considerada inválida.
  • Falta de informações essenciais: A notificação deve conter informações claras e precisas sobre a dívida, o valor devido e as consequências da inadimplência.

 

Outras formas de se defender em uma ação de busca e apreensão

Além de contestar a notificação, existem outras formas de se defender em uma ação de busca e apreensão, como:

  • Taxa média de juros do mercado acima da permitida pelo BACEN: Se os juros cobrados pelo banco forem abusivos, você pode contestar a dívida.
  • Venire contra factum proprium: Se o banco tiver adotado comportamentos contraditórios, como negociar um acordo e depois dar continuidade à ação, você pode alegar essa situação para se defender.
  • Capitalização Diária abusiva: A cobrança de juros sobre juros de forma excessiva pode ser considerada abusiva e gerar a nulidade do contrato.
  • Purga da mora: Se você pagar a dívida antes da efetivação da penhora, você pode evitar a perda do seu veículo.

 

Conclusão

A notificação prévia é um dos primeiros passos em um processo de busca e apreensão. É fundamental que você esteja atento a essa notificação e, em caso de irregularidades, procure um advogado especializado para te auxiliar.

Lembre-se: seus direitos devem ser respeitados e você tem o direito de se defender.

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André Mazza

CEO & Sócio Fundador

Autor

Perguntas frequentes

Sim, o procedimento é legal e o banco pode requerer a medida. Porém, é necessário que ele cumpra os requisitos legais para realização da busca e apreensão. Caso haja qualquer irregularidade, o seu carro deverá ser liberado.

Após 5 dias da apreensão, se não houver a apresentação de defesa, o Banco poderá vender o bem diretamente (para quem quiser) ou leiloá-lo.

Não! É possível obter uma liminar para a retomada imediata.

Você pode e deve RECORRER no processo com o auxílio de um advogado. Inclusive, se o seu veículo já foi apreendido, o seu prazo JÁ ESTÁ CORRENDO e há grandes chances de recuperá-lo imediatamente.

Na grande maioria dos casos, é possível sim evitar a apreensão através de um pedido liminar no seu processo! Porém, precisamos analisar o seu caso individualmente e agir rápido para conseguir essa decisão.

Você irá perder o veículo pois será vendido ou leiloado pelo banco e irá perder todos os valores já investidos como a entrada e as parcelas já pagas.

Sim, é possível contestar apresentando defesa no processo, questionando pontos como irregularidades na notificação, juros abusivos, cobrança de valores indevidos, entre outros.

Alienação fiduciária é uma garantia em que o devedor (fiduciante) transfere ao credor (fiduciário) a propriedade resolúvel e a posse indireta de um bem móvel ou imóvel, como garantia de uma dívida. No pagamento da dívida, a propriedade é consolidada ao devedor.

O procedimento de busca e apreensão para veículos alienados fiduciariamente é regido pelo Decreto-Lei nº 911/69, alterado pela Lei nº 10.931/2004, que estabelece os direitos e obrigações de credores e devedores nesta modalidade de financiamento.

O procedimento da apreensão extrajudicial do bem móvel, previsto nos arts. 8°-B a 8°-E, da Lei n° 14711/2023.

Como a nova lei determina que será necessária a previsão específica de possibilidade de busca e apreensão extrajudicial no contrato, apenas os contratos posteriores à publicação da Lei (31/10/2023) poderão seguir com a apreensão extrajudicial.

A notificação é realizada por meio de carta registrada com aviso de recebimento (AR) enviado ao endereço do devedor, informando sobre a inadimplência e a intenção de iniciar a ação de busca e apreensão caso o pagamento não seja regularizado.

A notificação prévia é essencial para configurar a mora do devedor. Sem a comprovação da notificação correta, o procedimento de busca e apreensão pode ser considerado nulo.

É possível anular o procedimento de busca e apreensão por falhas na notificação?

Os principais argumentos incluem falhas na notificação, encargos abusivos, aplicação de taxas de juros acima do permitido pela legislação, e existência de pagamento que não tenha sido contabilizado pelo credor, quebra de acordo que estava em andamento com o cliente (venire).

É o ato pelo qual o devedor paga integralmente os valores devidos, incluindo custos e encargos, para evitar a apreensão ou para reaver o bem após a apreensão, mas antes da consolidação da propriedade em nome do credor.

As etapas incluem: notificação do devedor sobre a inadimplência, ingresso da ação de busca e apreensão pelo credor, deferimento da liminar para apreensão do bem, apreensão do veículo (eventual recurso de agravo de instrumento para anular a apreensão), contestação pelo devedor, audiência de conciliação (se houver), julgamento da ação e, por fim, leilão do veículo.

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